DIA 28 DE OUTUBRO - DIA DO SERVIDOR PÚBLICO
Terça - Feira, 27 de Outubro de 2020

COMO FEMERGS, queremos PARABENIZAR a todos os (as) servidores (as), que fizeram concurso público e se dispuseram a exercer a tarefa de servir à sociedade. Estamos em todas as regiões, estados, municípios deste imenso e querido país - Brasil. Nenhum governo consegue dar conta do seu papel sem o corpo dos servidores, que são os trabalhadores (as) que através do seu trabalho, fazem chegar aos cidadãos e cidadãs, os direitos sociais previstos na CF de 1988, através das políticas públicas.

Apesar de muitos governos, não reconhecerem a nossa IMPORTÂNCIA e o nosso VALOR, podemos dizer com toda sinceridade QUE TEMOS ORGULHO DE SERMOS SERVIDORES/AS PÚBLICOS/AS!!! Queremos cumprimentar a todos (as), que cumprem com honra a sua missão, mesmo muitas vezes com salários baixos e defasados, agradecendo-lhes por sua ética, comprometimento e responsabilidade com que servem à sociedade. PARABÉNS A TODOS OS SERVIDORES PÚBLICOS.

Os servidores públicos ingressaram pelo Concurso Público. Portanto, a vaga não foi agrado de político, de partido. O patrão dos servidores que entram por concurso é o povo. Este dia 28, deveria ser para celebrarmos, comemorarmos, nos congratularmos com a população, pelos Serviços Públicos de Qualidade, que desempenhamos nas mais variadas áreas. INFELIZMENTE, a realidade que estamos vivenciando, não nos permite comemorações.

A exemplo do presidente Collor, que ficou conhecido como “caçador de marajás e maranis”, estamos vivenciando novamente um linchamento público, que começa durante o Governo Temer e agora se aprofunda com o Governo Bolsonaro/Guedes, que usam os meios de comunicação, para denegrir a imagem, colocando os servidores como privilegiados, enganam a população, distorcem dados, inventam mentiras, e financiam grupos de mídias digitais e influenciadores sociais, com objetivo claro de conquistar o apoio da sociedade, para um projeto de desmonte do Estado de Bem Estar Social conquistado com a CF de 1988.

A Constituição Federal de 1988 foi conquistada com muita luta, com muita construção e com muito suor. Aqui precisamos destacar o Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. E também o Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. Estes dois artigos estão sendo golpeados de morte com as reformas neoliberais, destacando que a PEC 032 – REFORMA ADMINISTRATIVA, que tira a estabilidade, que tira o concurso público (...) abrem caminho para acabar com os direitos sociais, com as políticas públicas se colocando contra o objetivo de erradicação da pobreza. Esta Reforma, não atinge os altos salários dos militares, juízes, promotores, políticos, portanto em nada visa melhorar os serviços, ou corrigir distorções. Ela é para acabar com os direitos dos cidadãos.

A estabilidade no serviço público, que é alvo de ataques, se faz necessária, pois é ela que permite, a fiscalização, a denúncia de irregularidades, a ética, a legalidade, a igualdade de tratamento que os cidadãos (ãs) tem direito. Os servidores, não tem o FGTS, pagam 14% para a previdência, tem descontado o Imposto de Renda na fonte, e ganham, no caso dos municipais, em média R$ 2.900,00 por mês. Importante lembrarmos que o DIEESE aponta mensalmente quanto deveria ser o salário mínimo, de acordo com a constituição no Brasil, e este valor está em R$ 4.600,00, portanto bem mais do que a média dos servidores municipais.

APROVEITAMOS esta data: para denunciar a campanha de desmoralização que fazem sistematicamente contra os servidores públicos; para alertar a população que a real intenção com a Reforma Administrativa, é acabar com os direitos sociais, os serviços públicos; para chamar atenção e refletir porque deixaram de fora os militares, juízes, promotores e políticos; para afirmar que o problema do país está em não regulamentar o IGF – Imposto sobre Grandes Fortunas, de não fazer auditoria da dívida pública, de não taxar os lucros das empresas, de não rever a carga tributária fazendo com que ela incida mais sobre a renda/sobre os bens, em vez de estar centrada em cima do consumo.

Enfraquecer o serviço público com cortes de recursos, com cortes de pessoal, com cortes de direitos, só beneficia os mais ricos. O Mercado está de olho arregalado para transformar a educação, a saúde, a previdência em mercadoria. Querem estes direitos privatizados. Vai adquiri-los quem tiver dinheiro. Deixarão de serem garantias do Estado.

Usam a crise, para tentar culpar os servidores. Querem detonar o Estado de Bem Estar Social. Querem os direitos sociais de hoje, como mercadorias que serão gerenciadas por empresas. Empresas precisam dar lucros, diferente do Estado que deve ser para o público e para o bem de todos. Cuidado!!! “SE PRIVATIZAREM TUDO, VOCÊ VAI ESTAR PRIVADO DE TUDO” só terá acesso quem tiver para pagar.
ACORDA POVO. Vejam, analisem como os partidos votaram na Reforma da Previdência, na EC 95 conhecida como PEC do Congelamento que abriu o caminho para o desmonte, dos direitos sociais, dos serviços públicos. Avalie bem os candidatos nas eleições municipais, para ver se não estão alinhados com esta linha de desmonte.

O Brasil é um país continental. Somos o sétimo país com mais desigualdades. Segundo a OCDE Organização para a Cooperação e desenvolvimento Econômico. Apenas 6 brasileiros detém a mesma riqueza que mais de 100 milhões de brasileiros. Nosso crescimento econômico não acontece de forma igual para todos. Sozinhos, muitos brasileiros não alcançam direitos humanos fundamentais. Por isso, foi tão importante garantirmos eles, na Constituição. Serviços Públicos são necessários para que tenhamos políticas públicas que visam construir um país mais justo, mais solidário, com distribuição de renda gerando mais igualdade, mais inclusão, mais vida.
Fonte: Presidente Vilson João Weber
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